A importância da comunicação em saúde antes, durante e depois da pandemia

Postado em 25 de mai de 2023
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A comunicação desempenha um papel crucial na área da saúde, e a pandemia global que vivenciamos recentemente ressalta ainda mais sua importância.

Durante esse período desafiador, a comunicação se mostrou essencial para a disseminação de informações precisas e confiáveis sobre a doença, medidas preventivas e orientações médicas.

Afinal, através de canais de comunicação eficientes, como meios de comunicação tradicionais, redes sociais e plataformas digitais, foi possível transmitir dados científicos atualizados, esclarecer dúvidas e promover a conscientização sobre a gravidade do vírus. 

Neste artigo, falaremos mais sobre comunicação em saúde e traremos informações valiosas para aqueles pensam em trabalhar nessa área. 

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O que é comunicação em saúde?

A comunicação em saúde diz respeito ao estudo e utilização de estratégias de comunicação para informar e influenciar as decisões dos indivíduos e das comunidades. 

As principais responsabilidades do profissional que trabalha com comunicação em saúde são: 

  • Promover e educar para a saúde; 
  • Evitar riscos e ajudar a lidar com ameaças para a saúde; 
  • Prevenir doenças; 
  • Sugerir e recomendar mudanças de comportamento; 
  • Recomendar exames de rastreio; 
  • Recomendar medidas preventivas e atividades de autocuidados em indivíduos doentes. 
  • A comunicação é uma ferramenta imprescindível para os profissionais da saúde, pois possibilita disseminar informações, dividir experiências e elaborar estratégias de melhoria e inovação. Buscar estratégias que fortaleçam as relações de diálogo entre a população e os profissionais é fundamental.

Cases de sucesso de comunicação em saúde

A comunicação em saúde é extremamente importante para informar a população sobre cuidados e prevenção de doenças. Um exemplo disso é a campanha da gripe, que circula em todo o Brasil. 

Por causa da disseminação do vírus Influenza, causador da gripe, algumas orientações podem auxiliar a população a evitar a contaminação, como o uso correto de máscaras. 

Anualmente, os órgãos públicos e a imprensa participam de uma forte campanha para a vacinação contra a gripe. A divulgação para a conscientização da imunização é fundamental para que o vírus contamine cada vez menos pessoas. 

A gripe exige cuidados parecidos com os da Covid-19. Segundo o Ministério da Saúde, é fundamental lavar bem as mãos com água e sabão, uso de álcool gel para higienização e manter ambientes ventilados. 

Além da vacinação da gripe, conheça outros exemplos de campanhas de comunicação em saúde que foram bem-sucedidas ao informar a população. 

1. Zé Gotinha

Nasceu, em 1986, o personagem Zé Gotinha, criado pelo artista plástico e publicitário Darlan Rosa, em uma campanha contra a poliomielite.  

O garoto propaganda do Programa Nacional de Imunizações (PNI) auxiliava as crianças a não terem medo da vacinação associadas a seringas ou gotinhas. 

Segundo o Ministério da Saúde, o PNI distribui mais de 300 milhões de doses anuais de vacinas, soros e imunoglobulinas.  

O programa é responsável pela erradicação da varíola e da poliomielite no país, além da redução dos casos e mortes derivadas de sarampo, rubéola, tétano, difteria e coqueluche. 

Com a aprovação do público, o Zé Gotinha continuou auxiliando a vacinação em massa da população por ser um ícone confortável e divertido. Ele é referência também para adultos. 

2. Combate à AIDS no Brasil 

Surgiu, em 1981, o primeiro caso de AIDS nos Estados Unidos. Um novo vírus que preocupou o mundo inteiro por não saberem como lidar. 

O caso tratava de um quadro de imunossupressão grave e infecção por citomegalovírus, vírus da família herpes que causa infecções em indivíduos com sistema imunológico comprometido. 

Apenas em 1983 o primeiro caso foi diagnosticado. Alguns especialistas achavam que essa doença não seria epidêmica no país, sendo contrariados logo depois. 

A comunicação da época foi bastante prejudicial, pois tratavam a doença como um problema homossexual. Gerando, assim, uma onda de preconceito na sociedade. A homossexualidade estava na lista de Classificação Internacional de Doenças. 

Nos hospitais, a maioria dos profissionais de saúde se recusavam ao atendimento, por não saber do que a doença se tratava.  

Nesse sentido, foi necessário uma comunicação em saúde sem preconceito para explicar para a população do que a doença se tratava. Houve exclusão de minorias e muito sofrimento.  

Ao longo destes 40 anos, diversos movimentos sociais surgiram com o objetivo de acabar com um preconceito que não surgia apenas da população, mas também de profissionais e órgãos públicos. 

Atualmente, a AIDS ainda não é bem vista por muitas pessoas e ainda é um grande tabu na sociedade. No entanto, a comunicação na saúde melhorou muito e os profissionais têm medidas eficazes para a prevenção do vírus.  

Com uma comunicação eficaz, foi possível diminuir drasticamente o número de mortes e fazer com que as pessoas se cuidassem das melhores formas.  

Dados de 2020 do Ministério da Saúde mostram que há uma diminuição na taxa de detecção de AIDS entre os brasileiros desde 2012. Em 2012, a taxa era de 21,9/100 mil habitantes. Ela passou para 17,8/100 mil habitantes em 2019, o que representa uma queda de 18,7%.

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3. Outubro Rosa 

Você provavelmente já foi impactado por uma ação do Outubro Rosa. 

A campanha é dedicada à disseminação de informações sobre os direitos e a importância de olhar com atenção para a saúde da mulher. Ela reitera a importância do atendimento com ginecologista, da assistência médica e do suporte emocional. 

O movimento iniciou-se na década de 1980 pelo Instituto Susan G. Komen Breast Cancer Foundation, fundado por Nancy Brinker, com o objetivo de estudar o câncer de mama. 

Desde então, a corrida contra a doença tem se intensificado.

No Brasil, a primeira campanha aconteceu em 2002, em São Paulo, onde o Parque Ibirapuera foi iluminado de rosa e lotado por mulheres que simpatizavam com o movimento. 

Atualmente, a doença é a segunda que mais atinge mulheres no Brasil. De acordo com os dados recentes do Instituto Nacional de Câncer (INCA), cerca de 66.280 novos casos de câncer de mama foram diagnosticados no Brasil em 2020. O número indica que, a cada 100 mil mulheres, 56 desenvolvem a condição. 

Entretanto, homens também podem ser infectados pela doença, pois têm glândulas mamárias e hormônios femininos, ainda que em quantidade pequena. É raro, mas acontece.  

Por este motivo, é fundamental que homens e mulheres façam o exame de mama anualmente para evitar a doença ou tratá-la com antecedência. 

Como trabalhar com comunicação em saúde 

Trabalhar com comunicação na área da saúde requer um conjunto de habilidades e conhecimentos específicos, especialmente em um contexto de saúde pública.

Uma pós-graduação em Gestão de Comunicação na Saúde Pública pode desempenhar um papel fundamental no aprimoramento dessas competências e na compreensão das complexidades inerentes à comunicação nesse campo.

Uma das principais vantagens de obter uma pós-graduação nessa área é a compreensão aprofundada dos sistemas de saúde e das políticas públicas relacionadas.

Isso permite que os profissionais de comunicação tenham uma visão ampla do funcionamento dos serviços de saúde, dos desafios enfrentados e das necessidades da população.

Ao entender o contexto mais amplo, eles podem desenvolver estratégias de comunicação adequadas, adaptadas às necessidades específicas das comunidades e dos grupos de interesse.

Além disso, uma pós-graduação em Comunicação na Saúde oferece a oportunidade de aprender sobre os princípios de comunicação de risco, que são cruciais durante situações de crise, como epidemias ou pandemias.

Os profissionais capacitados nessa área serão capazes de lidar com a disseminação de informações sensíveis, gerenciar boatos e equívocos, e transmitir mensagens claras e concisas para minimizar o pânico e maximizar a adesão às medidas de saúde pública.

Onde estudar Comunicação na Saúde

Como você viu, para se tornar um profissional da área de comunicação em saúde é preciso traçar uma jornada até a pós-graduação.

Escolha uma instituição de ensino reconhecida pelo MEC e que tenha nota máxima na avaliação de qualidade da pasta. Não deixe de considerar aquelas que oferecem bolsas de estudos e benefícios para os ingressantes.

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Boa sorte na sua jornada!

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Redação Blog do EAD

Por Redação Blog do EAD

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