EAD

Mulheres nas exatas: como conquistam espaço nos cursos e profissões

Postado em 27 de ago de 2020
Loading...

Quem nunca escutou que Análise e Desenvolvimento de Sistemas é um curso para homens? Ou que mulheres na engenharia não conseguem emprego?

Cada vez mais, essa opinião antiquada tende a ficar para trás, pois a presença das mulheres nas exatas, e em cursos e profissões antes vistos como masculinos, está aumentando ano após ano.

Dados da Fundação Getúlio Vargas (FGV) apontam que 52,7% das mulheres em idade ativa estão empregadas ou procurando trabalho. Espera-se que esse número continue crescendo e que a parcela de mulheres empregadas em 2030 chegue a 64,3%, de acordo com O Globo.

Perceber que mudanças culturais e sociais estão possibilitando essa conquista às mulheres é animador, mas, por outro lado, ainda é preciso reverter a estatística que aponta que mulheres ganham cerca de 22% a menos que homens exercendo a mesma função.

Elas também precisam ter mais oportunidades para cargos de gestão, nos quais, de acordo com a estatística, se destacam. Um estudo divulgado pela Forbes indica que ter líderes do sexo feminino aumenta a eficiência de uma empresa.

Nesse sentido, falar sobre a presença da mulher no mercado de trabalho e em espaços de educação superior é uma das formas de evidenciar que elas precisam e merecem estar nos mesmos espaços que são oportunizados aos homens.

É nisso que acredita Eduarda dos Santos Branco, estudante do curso de Logística na modalidade a distância. A escolha da aluna se deu pelo interesse em processos de compra, venda e transportes, e ela conta que está adorando os aprendizados.

Minha expectativa é alta, quero ingressar em outros cursos voltados a logística e administração de empresas, pois tenho planos de abrir minha própria empresa de transportes”, comenta.

No entanto, ela sabe que pode enfrentar dificuldades apenas pelo fato de ser mulher, já que existem preconceitos em relação à capacidade, filhos e gravidez.

Homens ainda nos veem como ‘sexo frágil’ e ‘desequilibradas’. Acreditam que não temos capacidade de executar projetos com a mesma eficiência que um homem”, diz Eduarda. Sua estratégia para lidar com isso é investir em qualificação e manter-se firme em seus objetivos.

Outra estudante que escolheu um curso predominantemente masculino é Karla Adriano, que estuda Engenharia de Produção semipresencial. Ela trabalha como operadora de máquinas, e já mostra todo o seu potencial para a carreira.

Atuei ativamente no projeto de Implementação de Manutenção Produtiva Total e melhoramos a eficácia de 30% para 90%. E foi com conhecimento do curso. Isso foi bem legal”, conta.

Karla relata que precisou lidar com as opiniões limitadas das pessoas ao seu redor quando escolheu o curso. "Diziam que eu era louca por escolher algo tão difícil", mas ela insistiu, pois sempre quis aprender melhor sobre o funcionamento das empresas e indústrias.

Na área de engenharia, a presença feminina é minoritária. Todos os colegas engenheiros de Karla, por exemplo, são homens.

Eu já me acostumei, é tranquilo. Agora tem até colegas perguntando algumas questões técnicas para mim. Minha expectativa é ser promovida e trabalhar como engenheira, se não na empresa que estou, em outra. Eu vou atrás dessa oportunidade, com certeza”, revela.

Assim como Karla, Mayara da Silva sempre gostou de uma área majoritariamente masculina e não pensou duas vezes ao escolher seu curso de graduação.

Ela cursa Análise e Desenvolvimento de Sistemas na modalidade EAD porque sempre se interessou por informática e computação. Quando teve a oportunidade de começar a faculdade, nem pensou muito sobre o fato de ser um ramo bastante masculino.

Eu me assustei um pouco quando vi a sala lotada de homens, mas agora acho normal. Eles me tratam bem, me respeitam. Agora, eu acho engraçado quando alguém me subestima, duvidando que eu fosse capaz de fazer algo. E eu digo: é, eu fiz”, relata a estudante.

Casada e mãe de um menino de 2 anos, Mayara escolheu a modalidade semipresencial para conseguir conciliar os cuidados com o filho com os estudos e conquistar o tão sonhado diploma.

Não é fácil, mas não só pra mim que sou mãe, e sim para todos. O curso a distância exige e é muito bom, só que precisa ter disciplina e foco”, comenta.

Eduarda, Karla e Mayara mostram que as mulheres têm vontade e garra para ocupar seu devido espaço, e que o mercado de trabalho tem muito a ganhar com elas.

E você, já se afastou de alguma área pela crença antiquada de que não era coisa de mulher? Conte aqui nos comentários!

Leia também:

Como escolher uma faculdade EAD

Redação Blog do EAD

Por Redação Blog do EAD

Gostou deste conteúdo? Compartilhe com seus amigos!