Professores de todo o Brasil sabem a importância que a comunicação possui dentro e fora da sala de aula.

Ela anda de mãos dadas com a educação, por viabilizar, seja de forma oral ou não, o que está sendo ensinado. 

Uma forma inclusiva de promover o ensino é a partir da Língua Brasileira de Sinais, conhecida popularmente como Libras, uma língua de modalidade gestual-visual que permite se comunicar por meio de gestos, expressões faciais e corporais. 

É preciso que os docentes brasileiros fiquem por dentro de como funciona essa língua e sua grandiosidade para promover inclusão no ensino de pessoas surdas. 

Saiba mais sobre o tema e como se especializar na área a seguir. 

A história da Libras, a Língua Brasileira de Sinais
O PL 6.284/2019 e a obrigatoriedade da oferta de Libras na educação básica
A importância da Libras para inclusão social na escola
Como se especializar em Libras
Conheça o curso de Libras EAD
Hora de se aprofundar

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A história da Libras, a Língua Brasileira de Sinais 

Que bom que temos a Libras para auxiliar no processo educativo e de inclusão, não é mesmo? 

A língua é reconhecida como meio legal de comunicação e expressão desde 24 de abril de 2002, através da Lei nº 10.436. Isso oportunizou um ensino atrelado à inclusão social de pessoas surdas.  

A história da Libras está diretamente ligada à história da Língua Francesa de Sinais, que foi criada a partir do método desenvolvido pelo abade Charles Michel de l'Épée. 

A Libras foi desenvolvida seguindo o mesmo método do século XVIII como base. 

Podemos dizer que o pioneiro na educação de surdos foi o docente francês Ernest Huet, que também era surdo. 

Ele criou a primeira escola pensada para pessoas com deficiência auditiva, conhecida como Imperial Instituto de Surdos-Mudos, em 1857, amparada na Lei nº 839 do Brasil Império.

O local funcionava como um internato para estudantes do sexo masculino, com direção e docência de Huet. 

Após isso, o Brasil teve bases mais completas para continuar desenvolvendo sua própria língua de sinais.

A Libras foi criada com sinais que já eram usados no país, unido à influência da Língua de Sinais Francesa e aos sinais criados pelo abade L’Epée, chamados de “sinais metódicos”. 

Créditos: Memória da Administração Pública Brasileira/Arquivo Nacional.

O avanço que Huet trouxe para o Brasil, com o ensino baseado no uso de sinais, teve sua disseminação prejudicada por conta dos desdobramentos do Congresso de Milão, em 1880, que proibiu na Europa o uso de sinais na educação dos surdos, devendo ser somente com oralização. 

Essa ordem, muito criticada, se baseava numa ideia não comprovada de uma possível cura para a surdez. 

Em 1911, o Imperial Instituto de Surdos-Mudos se tornou Instituto Nacional de Educação de Surdos, e quis implementar a proibição do Congresso de Milão, permitindo somente o oralismo como forma de ensinar. 

Foi só depois de 1970 que uma brecha se abriu: foi inserido um método chamado Conhecimento Total, determinado pelo uso da língua de sinais, linguagem oral e outros meios utilizados na educação de surdos e compreendidos como instrumentos que facilitavam a comunicação . 

A partir de 1980, o movimento em prol da defesa de melhores condições para a comunidade surda começou a se instaurar. 

Cada vez mais grupos surgiam e exigiam do governo do Brasil uma iniciativa firme e sensata para promover igualdade e inclusão para os surdos brasileiros.

Contudo, a Libras ainda não era declarada oficialmente como língua no país. 

Com a maior movimentação em prol da causa e maior conscientização, um avanço muito importante foi feito: a criação da da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, de 1996 (Lei nº 9.394/96), e da Lei nº 10.098, de 19 de dezembro de 2000. 

A Libras, porém, só foi reconhecida como língua a partir da citada Lei nº 10.436, em 2002, que determinou o seguinte: 

Art. 1º É reconhecida como meio legal de comunicação e expressão a Língua Brasileira de Sinais – Libras e outros recursos de expressão a ela associados. 

Parágrafo único. Entende-se como Língua Brasileira de Sinais – Libras a forma de comunicação e expressão, em que o sistema linguístico de natureza visual-motora, com estrutura gramatical própria, constituem um sistema linguístico de transmissão de ideias e fatos, oriundos de comunidades de pessoas surdas do Brasil. 

Essa lei foi regulamentada poucos anos depois por meio do Decreto nº 5.626, de 22 de dezembro de 2005. O conjunto dessas leis garantiu grandes avanços para o Brasil na inclusão da comunidade surda, uma vez que estabeleceu o ensino de Libras como parte da formação de professores no país, garantiu acesso a profissionais especializados para atender esse público etc.

O governo brasileiro passou a considerar oficialmente Libras uma língua, mesmo que ela não possa substituir a modalidade escrita da língua portuguesa. 

Mais conquistas vieram depois disso: em 2003 foi aprovada a Portaria nº 3.284, que dispõe sobre a acessibilidade dos surdos dentro das universidades brasileiras. Logo depois, em 2004, foi ratificado o Decreto nº 5.296, que lançou mais amparos de acessibilidade dentro da Lei. 

E não para por aí: no ano de 2005, a partir do Decreto 5.626, Libras foi regulamentada como disciplina curricular. 

Em 2007, a estrutura de língua foi aplicada a Libras, já que ela é uma língua natural e tem complexidades próprias e comunicação eficaz. 

No ano de 2010, mais um avanço: foi regulamentada a profissão de Tradutor/ Intérprete de Libras com a Lei 12.319 de 1° de Setembro de 2010. 

Não podemos deixar de citar que, em 2015, entrou em vigor a Lei nº 13.146, denominada Lei Brasileira de Inclusão de Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência), incluindo a oferta de educação bilíngue por meio do poder público. 

Por mais que os avanços sejam consideráveis e muito importantes, ainda há mais direitos a serem conquistados para a população surda, sobretudo os que motivam a inclusão e o respeito, além da promoção de qualidade de vida para essas pessoas. 

O PL 6.284/2019 e a obrigatoriedade da oferta de Libras na educação básica 

O PL 6.284/2019 afirma que as instituições públicas e privadas de ensino deverão oferecer  Libras como língua de comunicação para todos os estudantes surdos, em todos os níveis e modalidades da educação básica.

É um direito da população surda e uma obrigação das instituições de ensino estarem preparadas para acolher essas pessoas de maneira saudável e justa, oferecendo Libras. 

As condições para instituir Libras e como as aulas funcionarão dependem dos regulamentos de cada sistema de ensino. 

Contudo, há coisas que são incontestáveis: as escolas precisam prever a necessidade de professores bilíngues, tradutores e intérpretes, além de tecnologias de comunicação em Libras 

Além disso, as instituições também deverão se atentar ao acesso ao aprendizado da Libras da comunidade estudantil ouvinte (não surda) e dos pais ou responsáveis pelos estudantes surdos.

A importância da Libras para inclusão social na escola 

Professores, sabemos a importância da escola como instituição socializadora e responsável pelo processo de formação do indivíduo. 

A comunicação é uma importante ferramenta deste processo, não se restringindo apenas à comunicação oral como forma efetiva de propagar ideias e estabelecer conexões. 

O ensino da Língua Brasileira de Sinais proporciona maior inclusão para estudantes surdos por promover o desenvolvimento deles em vários aspectos, garantindo envolvimento nas atividades, formação de círculos de convivência e de amizades, participação em sala de aula. 

Acima de tudo, o ensino da Libras incentiva a educação justa e didática para todas as crianças e adolescentes, contribuindo para uma postura cidadã dentro e fora da escola. 

As professoras Domanovski Marilene e Vassão Adriane Meyer, participantes do Programa de Desenvolvimento Educacional (PDE) do estado do Paraná, resumem a importância das Língua Brasileira de Sinais na inclusão: 

Inclusão escolar é acolher todos os sujeitos que queiram estudar, sem exceção, dando-lhes oportunidade de acesso e permanência ao sistema de ensino, e Libras proporciona justamente essa definição.

Língua Brasileira de Sinais: como se especializar na área

Como se especializar em Libras 

O Censo Escolar de 2016 registrou 21.987 estudantes surdos na educação básica, número que alerta para a urgência de se pensar na Libras como língua que precisa ser aprendida pelos docentes.

Para se especializar na Língua Brasileira de Sinais, o professor deve encontrar uma instituição devidamente credenciada pelo MEC, com currículo que aborde como se comunicar em Libras, pedagogia bilíngue, diversidade, políticas de direitos humanos e inclusão. 

O profissional pode concluir uma especialização em menos de dois anos e se tornar ainda mais capacitado para uma educação inclusiva. 

Caso você não tenha fluência na Língua Brasileira de Sinais, é possível aprender do zero. Os cursos de especialização vão oferecer a base para isso, além de abordar a retrospectiva histórica da Libras como disciplinas da matriz curricular. 

Conheça o curso de Libras EAD 

Já que falamos sobre as principais atribuições de um bom curso de especialização em Libras, vem aí mais uma dica para você: conheça a pós-graduação em Libras da Pós +Carreira EAD Univali! 

Com aulas 100% online, a especialização abarca diversas questões ligadas à Língua Brasileira de Sinais, que vão desde compreender habilidades receptivas e expressivas, aprofundar a fluência em Libras e, acima de tudo, compreender os desafios de uma pessoa da comunidade surda em uma sociedade que poderia ser mais inclusiva. 

O curso é reconhecido pelo MEC e permite que, mesmo com a rotina agitada da docência, o professor consiga encaixar as aulas no período que ficar melhor para estudar.  

Além disso, o curso vai te proporcionar uma múltipla certificação: você conquista um certificado intermediário a cada 3 meses, em temáticas essenciais do curso. 

São 4 certificados que podem ser usados antes mesmo de concluir a pós, acelerando a carreira. Bacana, não é? 

Hora de se aprofundar 

Curtiu saber mais sobre essa língua tão importante? 

A Libras conquistou um espaço necessário dentro dos currículos escolares brasileiros, e ter professores preparados para isso é ainda mais essencial. 

Os docentes precisam estar por dentro de como ter posturas mais inclusivas, saber interagir com a comunidade surda e oferecer uma educação de qualidade que não se baseie só no oralismo. 

Aproveite a dica que demos sobre a Pós +Carreira EAD Univali e não deixe sua especialização para depois! 

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Hora de alavancar sua carreira! Hora de ser Univali! 

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