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Redação Nota 1000 Enem: exemplos, dicas e como fazer

Por EAD UNIVALI   |    |  18 min de leitura
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 Tag: Enem

Produzir uma redação nota 1.000 no Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) é uma meta comum entre os seus candidatos.

Também é a sua?

Se você chegou até este artigo, deve estar bastante curioso sobre como atingir a pontuação máxima, certo?

Prometemos ajudar você a ficar mais próximo da nota que deseja com as dicas que separamos ao longo do texto.

Avance na leitura e fique por dentro de tudo o que você precisa saber para mandar muito bem na redação!

Você vai ver por aqui:

  1. O que é preciso fazer para tirar nota 1.000 na redação do Enem?
  2. Por que é importante tirar uma nota boa na redação do Enem?
  3. Exemplos de redação nota 1.000 do Enem
    3.1 Redação nota 1.000 de 2017
    3.2 Redação nota 1.000 de 2018
    3.3 Redação nota 1.000 de 2019
    3.4 Redação nota 1.000 de 2020
    3.5 Redação nota 1.000 de 2021
  4. Estrutura de uma boa redação
  5. Dicas para mandar bem e escrever uma redação nota 1.000 no Enem
  6. Exemplos de diferentes temas de redação do Enem
  7. Conclusão

Descubra os segredos para tirar nota 1000 na redação do ENEM!

O que é preciso fazer para tirar nota 1.000 na redação do Enem?

O primeiro passo para mandar bem na redação do Enem é entender como ela funciona.

O formato exigido é o texto dissertativo-argumentativo.

Nesse modelo de escrita, o autor deve defender uma ideia central e, para isso, precisa usar argumentos, que sustentem a tese apresentada.

São válidos dados, levantamentos, estatísticas, fatos e exemplos.

O importante é encontrar evidências que legitimem a opinião apresentada.

Portanto, o candidato tem a tarefa de escrever um bom texto, seguindo os padrões e regras da língua portuguesa, de forma a obedecer o gênero textual escolhido, e ainda persuadir o leitor para que ele se convença de sua perspectiva. 

Para cumprir tudo isso, é necessário ter uma bagagem de conhecimento aprofundada sobre o tema da dissertação, que é definido pela organização do exame e divulgada somente na hora da prova.

Normalmente, as redações do Enem abordam assuntos polêmicos e atuais. 

Por isso, é importante que o candidato se mantenha atualizado sobre o que acontece no Brasil e no mundo.

Também é fundamental obedecer às regras impostas pelo exame, que estão descritas no edital. 

Dentre elas, vale saber que:

  • O respeito aos direitos humanos é obrigatório
  • O texto não pode ter menos de sete linhas e mais de 30 (considerado o número ideal)
  • Não são aceitas cópias de frases da proposta. 

Por que é importante tirar uma nota boa na redação do Enem?

A redação do Enem tem um peso muito significativo no exame. 

Ela equivale a 50% do total de pontos que podem ser alcançados pelo candidato.

A nota máxima, portanto, é de 1.000 pontos. 

E, para atingi-la e dar um passo rumo à aprovação, o candidato deve corresponder às cinco competências que são avaliadas pelo Ministério da Educação:

  1. Possuir domínio da escrita formal da língua portuguesa
  2. Compreender o tema e não fugir do que é proposto
  3. Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista
  4. Ter conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação
  5. Respeitar os direitos humanos.

Exemplos de redação nota 1.000 do Enem

Nada melhor do que se inspirar no que deu certo, não acha?

Então, que tal ler as redações que obtiveram nota 1.000 nas cinco edições mais recentes do Enem?

Vamos a elas!

Redação nota 1.000 de 2017

Em 2017, o tema da redação do Enem foi “Desafios para a formação educacional de surdos no Brasil”. 

Naquele ano, apenas 53 alunos atingiram a nota máxima. 

📝 Confira um exemplo de redação do Enem nota 1.000 de 2017, publicado originalmente no portal g1:

Na mitologia grega, Sísifo foi condenado por Zeus a rolar uma enorme pedra morro acima eternamente. Todos os dias, Sísifo atingia o topo do rochedo, contudo era vencido pela exaustão, assim a pedra retornava à base. Hodiernamente, esse mito assemelha-se à luta cotidiana dos deficientes auditivos brasileiros, os quais buscam ultrapassar as barreiras as quais os separam do direito à educação. Nesse contexto, não há dúvidas de que a formação educacional de surdos é um desafio no Brasil o qual ocorre, infelizmente, devido não só à negligência governamental, mas também ao preconceito da sociedade.

A Constituição cidadã de 1988 garante educação inclusiva de qualidade aos deficientes, todavia o Poder Executivo não efetiva esse direito. Consoante Aristóteles no livro "Ética a Nicômaco", a política serve para garantir a felicidade dos cidadãos, logo se verifica que esse conceito encontra-se deturpado no Brasil à medida que a oferta não apenas da educação inclusiva, como também da preparação do número suficiente de professores especializados no cuidado com surdos não está presente em todo o território nacional, fazendo os direitos permanecerem no papel.

Outrossim, o preconceito da sociedade ainda é umgrande impasse à permanência dos deficientes auditivos nas escolas. Tristemente, a existência da discriminação contra surdos é reflexo da valorização dos padrões criados pela consciência coletiva. No entanto, segundo o pensador e ativista francês Michel Foucault, é preciso mostrar às pessoas que elas são mais livres do que pensam para quebrar pensamentos errôneos construídos em outros momentos históricos. Assim, uma mudança nos valores da sociedade é fundamental para transpor as barreiras à formação educacional de surdos.

Portanto, indubitavelmente, medidas são necessárias para resolver esse problema. Cabe ao Ministério da Educação criar um projeto para ser desenvolvido nas escolas o qual promova palestras, apresentações artísticas e atividades lúdicas a respeito do cotidiano e dos direitos dos surdos. - uma vez que ações culturais coletivas têm imenso poder transformador - a fim de que a comunidade escolar e a sociedade no geral - por conseguinte - conscientizem-se. Desse modo, a realidade distanciar-se-á do mito grego e os Sísifos brasileiros vencerão o desafio de Zeus.

Redação nota 1.000 de 2018

Nesta edição do exame, os candidatos tiveram que desenvolver uma dissertação sobre “Manipulação do comportamento do usuário pelo controle de dados na internet". 

Ao todo, 55 estudantes conquistaram a máxima pontuação.

📝 Confira um exemplo de redação do Enem nota 1.000 de 2018, publicado originalmente no portal g1:

No livro “1984” de George Orwell, é retratado um futuro distópico em que um Estado totalitário controla e manipula toda forma de registro histórico e contemporâneo, a fim de moldar a opinião pública a favor dos governantes. Nesse sentido, a narrativa foca na trajetória de Winston, um funcionário do contraditório Ministério da Verdade que diariamente analisa e altera notícias e conteúdos midiáticos para favorecer a imagem do Partido e formar a população através de tal ótica. Fora da ficção, é fato que a realidade apresentada por Orwell pode ser relacionada ao mundo cibernético do século XXI: gradativamente, os algoritmos e sistemas de inteligência artificial corroboram para a restrição de informações disponíveis e para a influência comportamental do público, preso em uma grande bolha sociocultural.

Em primeiro lugar, é importante destacar que, em função das novas tecnologias, internautas são cada vez mais expostos a uma gama limitada de dados e conteúdos na internet, consequência do desenvolvimento de mecanismos filtradores de informação a partir do uso diário individual. De acordo com o filósofo Zygmund Baüman, vive-se atualmente um período de liberdade ilusória, já que o mundo digitalizado não só possibilitou novas formas de interação com o conhecimento, mas também abriu portas para a manipulação e alienação vistas em “1984”. Assim, os usuários são inconscientemente analisados e lhes é apresentado apenas o mais atrativo para o consumo pessoal.

Por conseguinte, presencia-se um forte poder de influência desses algoritmos no comportamento da coletividade cibernética: ao observar somente o que lhe interessa e o que foi escolhido para ele, o indivíduo tende a continuar consumindo as mesmas coisas e fechar os olhos para a diversidade de opções disponíveis. Em um episódio da série televisiva Black Mirror, por exemplo, um aplicativo pareava pessoas para relacionamentos com base em estatísticas e restringia as possibilidades para apenas as que a máquina indicava – tornando o usuário passivo na escolha. Paralelamente, esse é o objetivo da indústria cultural para os pensadores da Escola de Frankfurt: produzir conteúdos a partir do padrão de gosto do público, para direcioná-lo, torná-lo homogêneo e, logo, facilmente atingível.

Portanto, é mister que o Estado tome providências para amenizar o quadro atual. Para a conscientização da população brasileira a respeito do problema, urge que o Ministério de Educação e Cultura (MEC) crie, por meio de verbas governamentais, campanhas publicitárias nas redes sociais que detalhem o funcionamento dos algoritmos inteligentes nessas ferramentas e advirtam os internautas do perigo da alienação, sugerindo ao interlocutor criar o hábito de buscar informações de fontes variadas e manter em mente o filtro a que ele é submetido. Somente assim, será possível combater a passividade de muitos dos que utilizam a internet no país e, ademais, estourar a bolha que, da mesma forma que o Ministério da Verdade construiu em Winston de “1984”, as novas tecnologias estão construindo nos cidadãos do século XXI.

Redação nota 1.000 de 2019

Em 2019, apenas 53 candidatos alcançaram a nota 1.000 na redação, que teve como tema “Democratização do acesso ao cinema no Brasil”.

📝 Confira um exemplo de redação do Enem nota 1.000 de 2019, publicado originalmente no portal g1:

O filme ‘’Cine Hollywood’’ narra a chegada da primeira sala de cinema na cidade de Crato, interior do Ceará. Na obra, os moradores do até então vilarejo nordestino têm suas vidas modificadas pela modernidade que, naquele contexto, se traduzia na exibição de obras cinematográficas. De maneira análoga à história fictícia, a questão da democratização do acesso ao cinema, no Brasil, ainda enfrenta problemas no que diz respeito à exclusão da parcela socialmente vulnerável da sociedade. Assim, é lícito afirmar que a postura do Estado em relação à cultura e a negligência de parte das empresas que trabalham com a ‘’sétima arte’’ contribuem para a perpetuação desse cenário negativo.

Em primeiro plano, evidencia-se, por parte do Estado, a ausência de políticas públicas suficientemente efetivas para democratizar o acesso ao cinema no país. Essa lógica é comprovada pelo papel passivo que o Ministério da Cultura exerce na administração do país. Instituído para se rum órgão que promova a aproximação de brasileiros a bens culturais, tal ministério ignora ações que poderiam, potencialmente, fomentar o contato de classes pouco privilegiadas ao mundo dos filmes, como a distribuição de ingressos em instituições públicas de ensino básico e passeios escolares a salas de cinema. Desse modo, o Governo atua como agente perpetuador do processo de exclusão da população mais pobre a esse tipo de entretenimento. Logo, é substancial a mudança desse quadro.

Outrossim, é imperativo pontuar que a negligência de empresas do setor – como produtoras, distribuidoras de filmes e cinemas – também colabora para a dificuldade em democratizar o acesso ao cinema no Brasil. Isso decorre, principalmente, da postura capitalista de grande parte do empresariado desse segmento, que prioriza os ganhos financeiros em detrimento do impacto cultural que o cinema pode exercer sobre uma comunidade. Nesse sentido, há, de fato, uma visão elitista advinda dos donos de salas de exibição, que muitas vezes precificam ingressos com valores acima do que classes populares podem pagar. Consequentemente, a população de baixa renda fica impedida de frequentar esses espaços.

É necessário, portanto, que medidas sejam tomadas para facilitar o acesso democrático ao cinema no país. Posto isso, o Ministério da Cultura deve, por meio de um amplo debate entre Estado, sociedade civil, Agência Nacional de Cinema (ANCINE) e profissionais da área, lançar um Plano Nacional de Democratização ao Cinema no Brasil, a fim de fazer com que o maior número possível de brasileiros possa desfrutar do universo dos filmes. Tal plano deverá focar, principalmente, em destinar certo percentual de ingressos para pessoas de baixa renda e estudantes de escolas públicas. Ademais, o Governo Federal deve também, mediante oferecimento de incentivos fiscais, incentivar os cinemas a reduzirem o custo de seus ingressos. Dessa maneira, a situação vivenciada em ‘’Cine Hollywood’’ poderá ser visualizada na realidade de mais brasileiros.

Redação nota 1.000 de 2020

O Enem em 2020 teve três temas diferentes de redação:

  1. “O estigma associado às doenças mentais na sociedade brasileira” - Enem impresso (1ª aplicação)
  2. "A falta de empatia nas relações sociais no Brasil" - Enem impresso (reaplicação e PPL)
  3. "O desafio de reduzir as desigualdades entre as regiões do Brasil" - Enem digital

Foram 28 estudantes que alcançaram a nota máxima naquele ano.

📝 Confira um exemplo de redação do Enem nota 1.000 de 2020, publicado originalmente no portal g1:

Nise da Silveira foi uma renomada psiquiatra brasileira que, indo contra a comunidade médica tradicional da sua época, lutou a favor de um tratamento humanizado para pessoas com transtornos psicológicos. No contexto nacional atual, indivíduos com patologias mentais ainda sofrem com diversos estigmas criados. Isso ocorre, pois faltam informações corretas sobre o assunto e, também, existe uma carência de representatividade desse grupo nas mídias.

Primariamente, vale ressaltar que a ignorância é uma das principais causas da criação de preconceitos contra portadores de doenças psiquiátricas. Sob essa ótica, o pintor holandês Vincent Van Gogh foi alvo de agressões físicas e psicológicas por sofrer de transtornos neurológicos e não possuir o tratamento adequado. O ocorrido com o artista pode ser presenciado no corpo social brasileiro, visto que, apesar de uma parcela significativa da população lidar com alguma patologia mental, ainda são propagadas informações incorretas sobre o tema. Esse processo fortalece a ideia de que integrantes não são capazes de conviver em sociedade, reforçando estigmas antigos e criando novos. Dessa forma, a ignorância contribui para a estigmatização desses indivíduos e prejudica o coletivo.

Ademais, a carência de representatividade nos veículos midiáticos fomenta o preconceito contra pessoas com distúrbios psicológicos. Nesse sentido, a série de televisão da emissora HBO, "Euphoria", mostra as dificuldades de conviver com Transtorno Afetivo Bipolar (TAB), ilustrado pela protagonista Rue, que possui a doença. A série é um exemplo de representação desse grupo, nas artes, falando sobre a doença de maneira responsável. Contudo, ainda é pouca a representatividade desses indivíduos em livros, filmes e séries, que quando possuem um papel, muitas vezes, são personagens secundários e não há um aprofundamento de sua história. Desse modo, esse processo agrava os esteriótipos contra essas pessoas e afeta sua autoestima, pois eles não se sentem representados.

Portanto, faz-se imprescindível que a mídia - instrumento de ampla abrangência - informe a sociedade a respeito dessas doenças e sobre como conviver com pessoas portadoras, por meio de comerciais periódicos nas redes sociais e debates televisivos, a fim de formar cidadãos informados. Paralelamente, o Estado - principal promotor da harmonia social - deve promover a representatividade de pessoas com transtornos mentais nas artes, por intermédio de incentivos monetários para produzir obras sobre o tema, com o fato de amenizar o problema. Assim, o corpo civil será mais educado e os estigmas contra indivíduos com patologias mentais não serão uma realidade do Brasil."

Redação nota 1.000 de 2021

Em 2021, o tema da redação do Enem foi "Invisibilidade e registro civil: garantia de acesso à cidadania no Brasil".

📝 Confira um exemplo de redação do Enem nota 1.000 de 2021, publicado originalmente no portal g1:

A produção cinematográfica “Soul”, veiculada pela plataforma de “streaming” Disney +, retrata, por meio de uma experiência pós-morte, a busca pelo sentido da vida e pelo pertencimento, na medida em que o personagem principal busca representatividade não só pessoal, como também coletiva. Ao traçar um paralelo entre o contexto abordado e a sociedade brasileira, percebe-se que muitos indivíduos enfrentam esse mesmo anseio, uma vez que a garantia de acesso à cidadania no Brasil, apesar de ser benéfica e necessária, ainda não é democratizada, graças à invisibilidade social causada pela falta de registro civil. Assim, tendo em vista que esse cenário é extremamente prejudicial à plena vivência dos cidadãos, hão de ser analisados aspectos socioespaciais e governamentais.

Primordialmente, deve-se pontuar que a concentração de postos de atendimento para registro civil em áreas centrais e de alto poder aquisitivo é um entrave para a maximização da representatividade cidadã. Nesse aspecto, convém citar a obra Vidas Secas, de Graciliano Ramos, cujo enredo mostra a situação de extrema vulnerabilidade social vivenciada por uma família de retirantes nordestinos. No decorrer da história, torna-se notória a falta de acesso a direitos básicos pela população de baixa renda, a exemplo do direito à cidadania, visto que os integrantes daquele núcleo familiar não possuem marcas identitárias cidadãs. De maneira análoga, nota-se que o Brasil, por ser um país de dimensões continentais, possui uma dinâmica territorial falha, pois a falta de amplo acesso da população a locais de emissão de documentos pessoais, ocasionada pela segregação socioespacial, gera déficit na quantidade de registros e, consequentemente, invisibilização desses grupos minoritários.

Em segunda análise, é importante apontar a negligência governamental como um empecilho para a efetivação da garantia de acesso à cidadania no Brasil. Sob esse enfoque, é fato notório que a falta de incentivo generalizado ao registro da documentação pessoal acarreta diminuição substancial dessa prática. Nesse viés, pode-se mencionar o contexto de criação da Constituição Federal de 1988 – apelidada de “Constituição Cidadã” -, o qual foi o marco da redemocratização do país. Contudo, o preceito de cidadania preconizado pela Carta Magna ainda não é uma realidade no país, haja vista a persistência da falta de conhecimento referente a esse assunto pela população em geral. Logo, enquanto a esfera governamental se mantiver complacente com a falta de instrução coletiva, o óbice da falta de acesso à cidadania permanecerá corrente.

Em suma, o acesso à cidadania no Brasil não é democratizado. Portanto, o Ministério da Cidadania – responsável por minimizar as disparidades regionais no país – deve investir na construção de locais de registro civil, por meio do redirecionamento de verba pública, a fim de mitigar o problema da concentração socioespacial desses lugares e a questão da invisibilização social. Além disso, é necessário que as empresas de comunicação promovam, com o recebimento de instruções governamentais, a reverberação do conhecimento acerca dos processos relativos ao registro de documentação pessoal.

Estrutura de uma boa redação

Se você ler alguns exemplos de redações perfeitas para o Enem, vai notar como as informações são organizadas no texto. 

Elas respeitam a estrutura obrigatória da dissertação-argumentativa, que atende ao seguinte:

Introdução

Como o nome já sugere, a introdução é o início da redação. 

Nessa parte, o candidato deve apresentar o tema e mencionar as ideias que serão defendidas no restante do texto. 

Desenvolvimento da redação do Enem

É o corpo da redação. 

Nos parágrafos que compõem o desenvolvimento, é preciso expor todos os argumentos. 

É a hora de o candidato mostrar conhecimento sobre o tema da redação e convencer o leitor de que a sua tese é consistente.

Conclusão

Sem nenhuma surpresa, a última parte da estrutura é o fim da dissertação. 

O candidato deve, então, encerrar a redação, reforçando o ponto de vista defendido.

Dicas para mandar bem e escrever uma redação nota 1.000 no Enem

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Agora que conhece as regras, teve exemplos para se inspirar e sabe qual a estrutura ideal, o que mais falta para alcançar uma redação nota 1.000 no Enem?

Preste atenção nas dicas abaixo e fique ainda mais preparado para a prova.

Introduza bem e corretamente o tema

Na proposta de redação do Enem, você saberá, claramente, qual é o tema a ser abordado. 

Mas é importante escrever como se fosse transmitir a mensagem a alguém que desconhece do que se trata o assunto.

Ou seja, é preciso saber apresentá-lo logo na introdução.

Certifique-se de que não há motivo para dúvidas ou interpretação equivocada. 

É seu dever fazer com que o texto seja compreensível.

Escolha seus argumentos

A partir do tema definido, você deve fazer um levantamento dos argumentos que têm na manga.

Dependendo do assunto, é possível que enfrente alguma dificuldade para se lembrar de informações que possam ser usadas.

Por outro lado, se é um tema com o qual há certa afinidade, os argumentos podem até sobrar.

Sendo assim, é imprescindível fazer uma seleção do que será apresentado. 

Prefira sempre os dados e fatos que corroborem a sua afirmação de maneira sólida.

Além disso, priorize fontes confiáveis, como órgãos públicos e instituições de referência.

A informação que você recebeu de um familiar por aplicativo de mensagem não conta muito nessa hora.

Desenvolva com objetividade e clareza

Vamos supor que você arrase na introdução da redação e faça uma conclusão matadora. 

As chances de tirar uma nota boa são altas, certo? Não necessariamente.

De nada vale ir bem nesses componentes do formato textual e deixar a desejar no desenvolvimento.

É o conjunto que conta.

Todo o seu texto precisa ser objetivo e claro, e você deve ser firme na tese defendida. 

Lembre-se disso!

Organize cada parágrafo do texto

Antes de começar a escrever, é importante relacionar todas as informações disponíveis e estruturar a ordem dos parágrafos.

Pense no que será abordado em cada um deles.

Na introdução, por exemplo, procure expor o tema do texto em apenas duas ou três frases.

No desenvolvimento, tente usar de dois a quatro parágrafos. 

Você pode, por exemplo, definir um argumento por parágrafo se for o caso.

Já na conclusão, como é o fechamento da sua dissertação, não ultrapasse mais do que quatro frases.

Essas recomendações podem ser muito pertinentes para que você possa escrever um texto mais organizado.

No entanto, é preciso ter lógica. 

Apenas jogar os argumentos vai deixar sua redação sem nexo. 

E não é isso que você quer, certo?

Então, garanta que exista complemento entre as ideias, de forma que a dissertação seja linear.

Esteja atento ao português e traga soluções

A capacidade de empregar corretamente as regras da língua portuguesa é avaliada no Enem de forma rigorosa.

Por isso, é importante tomar cuidado na escrita. 

Se houver palavras sobre as quais você não tem certeza quanto à grafia, opte por usar sinônimos.

Além disso, ao terminar o texto, faça uma revisão minuciosa, procurando erros de português e falhas na sequência lógica. 

E, falando sobre finalizar a redação, vale ressaltar que é interessante propor soluções para os problemas apresentados na tese.

Faça sempre a seguinte pergunta: “O que pode ser feito para corrigir a vulnerabilidade exposta no texto?”.

Então, exponha as suas respostas.

Aqui no Blog do EAD Univali você encontra artigos sobre gramática que vão ajudar a evitar erros de português na redação do Enem:

Treine bastante

A prática é aliada da perfeição. 

Portanto, quanto mais você treinar, maiores são as suas chances de sucesso.

Procure estabelecer uma rotina diária de exercícios de redação e organize-se para cumpri-la à risca.

Também vale treinar a escrita de outras formas. 

Você pode digitar mensagens para os seus colegas e redigir cartas para os familiares, por exemplo.

Além desse hábito, a leitura é muito importante. 

Livros são ótimos para apoiar a compreensão da norma culta.

Não se esqueça ainda de ler notícias. Afinal, manter-se atualizado é trivial para fazer uma boa redação no Enem.

E, por fim, estude as redações nota 1.000 dos anos anteriores. 

Exemplos de diferentes temas de redação do Enem

redacao nota 1000 enem exemplos de diferentes temas

Para você terminar este artigo motivado a se atualizar e aprimorar a sua escrita, confira os últimos 10 temas da redação do Enem:

  • 2009 - O indivíduo frente à ética nacional
  • 2010 - O trabalho na construção da dignidade humana
  • 2011 - Viver em rede no século XXI: os limites entre o público e o privado
  • 2012 - O movimento imigratório para o Brasil no século XXI
  • 2013 - Efeitos da implantação da Lei Seca no Brasil
  • 2014 - Publicidade infantil em questão no Brasil
  • 2015 - A persistência da violência contra a mulher no Brasil
  • 2016 - Caminhos para combater a intolerância religiosa no Brasil
  • 2017 - Desafios para a formação educacional de surdos no Brasil
  • 2018 - Manipulação do comportamento do usuário pelo controle de dados na internet
  • 2019 - Democratização do acesso ao cinema no Brasil.
  • 2020 - O estigma associado às doenças mentais na sociedade brasileira.
  • 2021 - Invisibilidade e registro civil: garantia de acesso à cidadania no Brasil

Conclusão

Agora que o artigo chegou ao final, é hora de começar a praticar.

Mas, se quiser estudar um pouco mais sobre o assunto, você pode ir direto para outro texto que preparamos sobre os tipos de redação, clicando aqui.

Embora a dissertação seja o formato mais comum em vestibulares, como no caso do Enem, existem outros gêneros textuais que também são aplicados em provas de outras instituições. 

Vale conferir!

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