Métodos de estudo eficazes que você precisa conhecer

Postado em 21 de fev de 2022
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Se você está estudando sozinho, já deve ter se perguntado qual é a melhor forma de estudar. Será que é usando questões? E os mapas mentais? Existe uma técnica de estudo infalível?

A verdade é que existem muitos métodos de estudo que você pode utilizar para gerir melhor o tempo, assimilar melhor o conteúdo e praticar o que você aprendeu.

Basta descobrir qual deles é aquele que funciona melhor para você.

Por isso, trouxemos uma listagem com os principais métodos de estudo que existem para você conhecer, além de dicas de como vencer os desafios de estudar por conta própria. Confira:

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Como nós aprendemos?

Antes de você colocar em prática os métodos de estudo que vamos apresentar neste conteúdo, é importante saber como o cérebro aprende.

Uma teoria indica que existem 5 etapas na aprendizagem: compreender, reter, praticar, disseminar e criar. Na primeira etapa, somos expostos a um novo conteúdo e compreendemos aquela informação nova. Porém, para poder lembrar dessa informação, precisamos retê-la.  

A retenção é a segunda etapa, onde nós conectamos esse conhecimento a algo já sabemos, a fim de tornar a informação mais familiar. Como terceira etapa, temos a aplicação, onde colocamos em prática o que retemos, seja na vida real ou através de exercícios.

A prática, por si só, já é uma etapa importante para o aprendizado, mas nós vamos além.

Na quarta etapa, disseminação, você ensina o que aprendeu para outras pessoas e na etapa cinco, criação, você usa esse aprendizado para criar algo novo. É passando por essas etapas que o cérebro marca esse novo conhecimento como valioso, evitando a curva do esquecimento.

O que é a curva do esquecimento?

Assim como o nosso cérebro consegue armazenar novos conhecimentos, ele também precisa fazer a eliminação de algumas informações. Isso porque nós temos um espaço limitado de memória e nem tudo o que vemos e aprendemos será útil.

Esse processo de eliminação é chamado de curva do esquecimento e foi cunhado pelo psicólogo alemão Hermann Ebbinghaus em 1885.

A curva do esquecimento explica que o cérebro dá preferência para memória mais utilizadas e mais recentes, que estejam sendo empregadas com mais frequência. Por consequência, as memórias menos usadas e menos recentes são eliminadas aos poucos.

Então, para que a curva do esquecimento não atinja os seus estudos, existem algumas técnicas que você pode utilizar.

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O que são métodos de estudo?

Os métodos de estudo, que também podem ser chamados de táticas ou técnicas de estudo, nada mais são do que ferramentas e sistemas desenvolvidos para ajudar uma pessoa a aprender e assimilar melhor um conteúdo ou assunto.

Ou seja, são técnicas utilizadas para facilitar o aprendizado.

Esses métodos podem ser combinados entre si para potencializar o estudo, mas é importante dizer que a eficácia deles depende de personalização.

Isso significa que eles não funcionam sozinhos. Para uma técnica funcionar, ela precisa ser exatamente o que você precisa e contemplar o tipo de estudo que mais funciona para você.

Por exemplo, se você é uma pessoa mais visual, pode ser que o mais indicado sejam os mapas mentais e não o estudo por questões. Agora, se você tem uma abordagem mais direta e prática, o estudo por questões pode ser ideal. 

A dica, então, é conhecer os principais métodos de estudo, testar aqueles que mais atraem você e, depois disso, decidir qual é o mais indicado para o seu jeito de aprender.

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Conheça os principais métodos de estudo

Na lista abaixo, você encontra uma série de técnicas de estudo para experimentar, colocar em prática e potencializar o seu aprendizado. Confira:

1. Método Pomodoro

O método Pomodoro é uma técnica de gestão de tempo, talvez a mais conhecida de todas elas. Ele pode ser aplicado para diversas finalidades, mas especialmente para os estudos.

Consiste em dividir o tempo entre 25 minutos de concentração e 5 ou 15 minutos de descanso, dependendo da sua preferência. A ideia do método é que você use os 25 minutos de concentração para estudar todo o conteúdo que precisa, sem se distrair com nada.

E depois, use o tempo de pausa para descansar, tomar água e, até, olhar as redes sociais. Porém, sabendo que depois do período de descanso você precisa voltar para o foco total.

2. Método Robinson (EPL2R)

O método Robinson consiste em respeitar as etapas do seguinte acrônimo:

  • E (explorar)
  • P (perguntar)
  • L (ler)
  • 2R (rememorar e repassar)

Em cada uma dessas etapas, é preciso tomar uma ação específica. Por exemplo, na primeira etapa, você deve investigar sobre a obra e autor. Então, começa a perguntar. Aqui, levante as dúvidas que tiver sobre o assunto. Então, faça uma leitura aprofundada do material.

Feito isso, passa-se à etapa de rememorar. Ou seja, se certificar de que o conteúdo foi realmente aprendido. Por último, na etapa de repasse, é preciso fazer uma análise minuciosa, resultando em resumos, anotações e desenhos.

3. Mapas mentais

O mapa mental é um dos métodos de estudo mais visuais, que funciona com ramificações. É uma técnica que ajuda o cérebro a memorizar as conexões feitas no papel e assimilar o conteúdo com mais facilidade.

Funciona da seguinte maneira: no centro de uma folha de papel, você dispõe o conceito que está estudando. E, de acordo com o andamento do estudo, vai ligando ao conceito principal alguns conceitos satélites, subtemas e tópicos relevantes.

4. Teste prático

Uma parte importante das etapas do aprendizado é a aplicação, como você viu acima. E os testes práticos são uma ótima forma de colocar essa etapa em ação, isso porque eles consistem em praticar o que o estudante aprendeu.

Então, nesse método de estudo são usados simulados, folhas de exercícios e edições anteriores de vestibulares como testes práticos.

5. Autointerrrogação e Autoexplicação

As técnicas de autointerrogação e autoexplicação consistem em o estudante tomar o papel de professor e dar uma aula a si próprio ou questionar a si próprio.

Na autointerrogação, é necessário que você faça perguntas para você mesmo antes de estudar o conteúdo, perguntas relevantes ao tópico estudado, e responda as perguntas ao finalizar. Já na autoexplicação, você aprende o conteúdo e dá uma aula para si próprio depois de entender.

Isso ajuda a fixar melhor o conteúdo.

6. Estudo intercalado

Como o nome sugere, a técnica de estudo intercalado consiste em intercalar conteúdos para estudar. Ou seja, você distribui esses conteúdos nos dias da semana ou dentro do mesmo dia em uma programação.

A ideia é não ficar soterrado no mesmo conteúdo ou disciplina, mas estudar um pouco de cada.

7. Fichamento (ou resumo)

O fichamento, que também é conhecido como resumo, é um dos métodos de estudo mais difundidos e um dos que mais apresenta resultados.

Ela consiste em, ao final do estudo de um conteúdo ou da leitura de um livro, você fazer anotações de palavras-chave, conceitos e resumos sobre o que acabou de estudar. Ele sistematiza o conteúdo e exercita a mente porque aciona a etapa da prática do aprendizado.

8. Estudo mnemônico

Esse é um método bastante divertido e simples, apesar de ter um nome complicado.

O estudo mnemônico consiste em criar frases engraçadas, músicas ou rimas, por exemplo, que ajudem a memorizar e assimilar um conceito. Por exemplo, as fórmulas de matemática que podem ser lembradas por uma sigla engraçada são parte dessa técnica.

9. Construção e reconstrução de tabelas

Se você gosta de construir tabelas, este método de estudos é bastante indicado. A ideia aqui é utilizar o recurso de tabelas e planilhas para agrupar conceitos, facilitando entendê-los.

Você pode criar várias colunas com os temas principais de estudo e, então, em cada linha, escrever palavras-chave e termos que se referem a eles.

10. Gravações de áudio

A ideia é um pouco parecida com a técnica de autoexplicação. Nesse caso, você lê (ou explica) um conteúdo em voz alta e grava o áudio para poder ouvir depois.

Dessa forma, se você for uma pessoa auditiva, consegue assimilar melhor o conteúdo e, também, otimizar seu tempo, já que pode ouvir o áudio enquanto faz outra coisa.

11. Prática Distribuída

Essa técnica também é chamada de prática espaçada e consiste em distribuir ao longo do dia as horas que serão dedicadas ao estudo.

Se uma pessoa tem 6 horas diárias para estudar, a prática distribuída indica que esse tempo seja dividido em três partes: 2 horas de manhã, 2 horas de tarde e 2 horas de noite. O objetivo é não tornar o estudo cansativo, evitando que o aprendizado comprometido.

Se você estudar um período mais curto, parar e retomar mais tarde, seu cérebro será exercitado, lembrando com mais facilidade do que foi visto anteriormente.

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Os desafios de estudar por conta própria (e como lidar com eles)

Estudar por conta própria traz alguns desafios que podem persistir, mesmo que você utilize os métodos que trouxemos. Porém, existem algumas maneiras de você contornar esses desafios.

O primeiro passo para conseguir lidar com eles é entender qual deles é a sua maior dificuldade. Sabendo se você tem mais dificuldade em gerir seu tempo, ter foco ou assimilar conteúdo fica mais fácil encontrar a solução.

1. Manter o foco

Durante os estudos, é muito importante que você saiba como manter o foco e evite se distrair facilmente com o que acontece ao seu redor. Por isso, treine o seu cérebro para entender que chegou a hora da concentração com estas dicas:

  • Desligue o seu celular;
  • Não use o navegador do computador para ver vídeos ou redes sociais;
  • Avise sua família que você vai estar estudando e que ninguém deve interromper;
  • Estude em um ambiente tranquilo e sem distrações;
  • Se precisar, procure sons de natureza ou ruído branco para concentrar.

Uma boa ideia também é manter o foco com a ajuda de recompensas. Por exemplo, determine quando você precisa terminar de estudar um conteúdo e prometa a você mesmo que se fizer o que precisa, vai ganhar uma recompensa.

Pode ser um doce ou assistir um episódio de uma série, a ideia é que o seu cérebro se concentre sabendo que algo bom o espera depois.

2. Gerenciar o tempo

Outra dificuldade de quem estuda sozinho é o gerenciamento de tempo. Isso porque depende da nossa autogestão e podem existir alguns obstáculos no caminho. Você pode ter que trabalhar ou fazer alguma tarefa de casa e acaba dedicando para o estudo apenas o tempo que sobra.

Nesses casos, você precisa gerenciar seu tempo modificando o foco. É preciso pensar no estudo como um compromisso diário. E para ajudar nessa tarefa, existem algumas ferramentas.

Confira:

  • Asana  ou  Trello: essas são plataformas que permitem que você relacione atividades, separe-as por temas e crie um calendário de estudos. Você pode gerenciar as atividades mudando seus status. É uma maneira de tornar visual as suas tarefas de estudos e mais fácil a distribuição delas em um calendário.
  • Pomodoro Timer Online: este é um site, e também aplicativo, que ajuda você a controlar o tempo usado nos estudos. Seguindo a técnica do pomodoro, ele avisa quando está na hora de você descansar, o que é uma ótima maneira de entender há quanto tempo você está estudando e quanto tempo ainda tem reservado para isso.

O importante na hora de fazer a gestão do seu tempo é entender que o estudo é sua prioridade e que as outras tarefas precisam se adequar a ele.

E, também, que o tempo dedicado para estudar precisa ser usado  apenas  para isso.

3. Dificuldade de assimilar

Estudar um conteúdo pode até ser fácil, o problema é quando você percebe que não está conseguindo assimilar o que está lendo. Nesse caso, existem algumas técnicas de memorização que podem ajudar você a superar esse desafio.

Confira abaixo:

  • Associe novos aprendizados ao que você já tem: uma técnica interessante é sempre buscar associar novos conhecimentos aos que você já tem porque isso ajuda a reter.
  • Transforme tudo em música: transformar conteúdos em rima é interessante porque a memória assimila ritmos com facilidade.
  • Faça associações visuais e engraçadas: associar novas informações com fotos, vídeos, memes e trocadilhos é uma maneira de assimilar melhor o conteúdo.
  • Anote usando papel e lápis: o esforço físico de fazer anotações no papel ajuda o cérebro a lembrar melhor do que apenas digitar no celular ou no computador.

Chegando ao final deste conteúdo, esperamos que você tenha aproveitado as nossas dicas e que consiga aplicar os métodos de estudo na sua rotina.

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Mariana Bortoletti

Por Mariana Bortoletti

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Mercadóloga, jornalista e especialista em escrita criativa.